sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Imobiliza-me

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Esse mini-crítico não consegue parar de pensar em você. E quando isso acontece, eu fico estupidamente imóvel. Preciso tomar uma atitude. Ou não. Ou sim.

E aí me vem: por um lado, eu fico com uma certa tranqüilidade pela certeza de que, no fim das contas, aconteça o que acontecer - armageddon, aquecimento global, derretimento de calotas polares, terceira guerra, volta dos dinossauros ou simplesmente tudo como está - eu vou estar com você. Por outro, eu fico ansioso e triste pela sua ausência. São as tais persianas clichezadas, que não filtram a poeira dourada, de que Samuel Rosa já me avisava há mais de década. Minha casa não tem nem persianas, mas eu sinto.

E quer saber, mina? Essas coisas, a gente vê pelos detalhes. Não é pelos 'eu te amos' espalhados mundo afora, como se fossem adesivos de propriedade, não é pelas notas fiscais cheias de zeros dos presentes de natal. Não é.

Eu gosto de levar bronca da minha mãe quando aviso em cima da hora, nas sextas depois da aula, que vou pra sua casa e sou obrigado a parar o carro na rua. Gosto de como você me zoa quando eu vou pedir uma pizza ("Éééé... oi... boa noite... eu.. ééé.. eu queria fazer um... um pedido.. pode ser?"), de quando a gente aluga um filme. O filme pode ser uma bosta, mas a sua companhia vale minha noite, meu dia, minha semana. Vale minha vida, menina. Minha vida.



Aí chega hoje, uma sexta feira e não vou ter isso.

Você é inquilina do meu pensamento. E eu, imóvel que sou, nunca vou te despejar.

P.
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3 comentários:

Anônimo disse...

Se eu disser que me arrepiei, se eu disser que meus olhos se encheram de lágrimas, se eu disser que ela é muito, mas muito especial para ter você, e se eu disser mais, que além de tudo que sua alma escreve pelas mãos do seu coração, você é lindo! Você acredita?
Estou babando de orgulho Pedro!

minicritico disse...

Como um ser vivo faz pra responder elogios tão intensos e sinceros, sem parecer frio, indiferente, exagerado ou presunçoso? Sem parecer que é 'só' por educação, ou por alguma espécie de obrigação moral...? Não faço a menor idéia. Então, sinceramente, me limito a dizer:

- Muito... mas muito obrigado!

Anônimo disse...

Eu poderia dizer que essa mina é uma mina de sorte, mas isso apontaria um pingo de inveja nesse comentário. E eu não sou invejosa. O que há de admirável em vocês é o potencial (e talvez coragem?) de amar um ao outro hoje em dia. E provavelmente, daqui a 10 anos, vocês farão parte dos retrógrados, ranzinzas, comunistas que irão contra a maré para provar (ou seria ensinar?) o que realmente vale a pena. Feliz ano novo a vocês!