quarta-feira, 3 de junho de 2009

Con te Partiro é o caralho.

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Quem vive longe da luz não tem luxo, não tem jeito.
Gauche desgraçado. Será? Engraçado, talvez. Feliz, essa é a palavra.
Quer dizer, sei lá. Sei lá mesmo, bicho...

Muitos garantem terem encontrado o tal do júbilo eterno.
Eu sei, muitos juram aos quatro ventos que esse sorriso espalhafatoso não vai cessar. Que o gozo não vai se encerrar nem com o carinhoso toque de uma luva branca.
E quando se vêem insônios numa vasectomia psicológica de dar dó, se põem a pensar: "Onde foi que eu errei? Quem eu tô enganando?".
Porra, cara, deixa as palavras te guiarem. Fala mais besteiras e pára de usar letra maiúscula pros pronomes. Olha pro lado e estende essa mão de unhas roídas. Isso vai te aliviar, garanto. É bom ser bom sem querer ser bom. Não há nada de errado nisso. Todo mundo é. Todo mundo erra.

Pensando bem, não é em todo holofote que há luz.
Não é todo holerite que faz jus.
Nem todos amantes ficam nus.
Nem toda tristeza se cura com blues.
Não é em toda areia que tem avestruz.
Nem toda cicatriz tem pus.

É complicada essa vida de rimas fáceis, mas você trate de entender a necessidade de uma vã reflexão.
É tão blasé ouvir Andrea Bocelli e tomar Malzbier de madrugada que só me resta mesmo me despedir.

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